Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A mãe de um estudante do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio João Boos entrou em contato com o Zeitung, para relatar a dificuldade da família em conseguir uma vaga para o filho no projeto Jovem Aprendiz. Segundo ela, essa dificuldade é enfrentada por diversos adolescentes da cidade, que buscam uma colocação no mercado de trabalho. 

“Por causa do novo ensino médio, os nossos filhos não conseguem participar do Jovem Aprendiz, nem nas empresas, nem no próprio SENAI. Eu e outra mãe estamos tentando e as empresas falam que não podem contratar por causa da segunda-feira, dia em que os alunos são liberados às 13h15 e no SENAI começa às 13h. Então por conta desse dia eles não podem participar do projeto. Tentamos em outra fábrica também e tivemos o mesmo problema. Gostaríamos que fosse adaptada a questão do horário, para não deixar esses jovens sem participar, porque é um direito deles”, relata a mãe. “Deveriam se adaptar à necessidade dos alunos e não deixar eles de fora”, completa. 

De acordo com a legislação, todo negócio, de médio a grande porte, deve ter em seu quadro profissional um número de jovens aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e o máximo de 15%.

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O Jovem Aprendiz é uma política pública que incentiva jovens estudantes a procurarem o primeiro emprego, garantindo todos os seus direitos. O modelo une experiência profissional com curso de profissionalização em alguma área específica.

O que diz o SENAI 

O SENAI informou por meio de sua assessoria de imprensa, que busca sempre atender da melhor forma possível as indústrias e a comunidade. “Neste momento alguns candidatos não tem disponibilidade de horário para realizar o programa Jovem Aprendiz visto o novo ensino médio que se estende nos horários em que há aulas no SENAI. O SENAI procurou mapear quais períodos e horários em que os alunos estarão no novo ensino médio, para que pudéssemos articular alguma solução para o caso, mas, no momento verificamos que nem todas as escolas têm certeza dessas informações e a operacionalização nesta incerteza de informações nos impede de maiores mudanças”, explica.

“Visto isso, as indústrias já estão no período de contratação e para cumprir os prazos já estão realizando a seleção de jovens. Assim, fizemos um movimento com algumas escolas afim de gerar um banco de candidatos que teriam interesse e disponibilidade para realizar o programa jovem aprendiz no próximo ano. Este banco de candidatos está em posse das indústrias e elas estarão entrando em contato com os interessados”, conclui.

 

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