A que ponto chegou o nível das campanhas políticas no Brasil! Na capital paulista, o que era para ser um debate construtivo se transformou em um verdadeiro espetáculo, com a famosa cadeirada do Datena em Marçal. A cena, que rapidamente se espalhou pela internet em forma de meme, levantou questões sérias sobre a conduta dos candidatos e a cultura política que estamos alimentando.

A pergunta que não quer calar é: a agressão do Datena não é crime? Por que ele não foi preso? A falta de consequência em atos de violência como o visto revela uma realidade preocupante. Enquanto muitos assistem a essa baixaria se divertindo, é necessário refletir sobre o que o caso diz sobre a nossa política. Marçal, ao ser agredido, se tornou um personagem central dessa narrativa, e é interessante notar que ele pode sair vitorioso, não só pela cadeira de prefeito, mas pela atenção que sua candidatura ganhou de forma tão inusitada.

O baixo nível técnico dos candidatos em São Paulo é um reflexo do que vemos em todo o Brasil. O que aconteceu no debate poderia muito bem ser uma chamada de alerta: se as emissoras começarem a parafusar as cadeiras, o que será da próxima vez? E, convenhamos, microfones e púlpitos também podem se tornar armas se a cultura de agressão continuar a crescer. A ideia de uma “Lei Datena”, que puniria agressões em debates, por incrível que pareça, pode se tornar necessária.

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Marçal, em meio a esse turbilhão, se autoprojeta como alguém que enfrenta as adversidades, o que pode ser visto como uma qualidade em tempos tão conturbados. Se o público ri e se entrete com os memes, que ao menos essa diversão sirva para levantar questões importantes sobre o que queremos para nossa política. É um momento em que, mesmo em meio ao caos, há espaço para o debate e a reflexão sobre o futuro. E que possamos, de fato, construir um caminho diferente — com respeito e propostas, sem agressões.

 

Mudando de assunto…

Falando em debate, na última segunda-feira (16), tivemos o primeiro debate com os prefeituráveis de Brusque. Não tivemos cadeirada, mas os ânimos também estavam bastante exaltados. Na minha humilde opinião, o atual prefeito e candidato à reeleição André Vechi, do PL, venceu este “primeiro round”. Veremos o que os próximos debates nos apresentarão. O ponto negativo foi a ausência do candidato do DC, Danilo Visconti, que alegou conflito de agenda, mas prometeu “virar o jogo” nos próximos três debates. Só sei que, no quesito “assuntos para resenha política”, estamos muito bem servidos (risos).

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