A Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (ACIBr), recebeu na tarde desta terça-feira (12), o Comandante Geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Marcelo Pontes. O evento ocorreu na sede da entidade e contou com a presença do prefeito de Brusque, José Ari Vequi; do prefeito de Guabiruba, Valmir Zirke; do tenente-coronel Luiz André Pena Viana de Oliveira, do 7º Comando Regional de Polícia Militar; do comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar de Brusque, tenente-coronel Heintje Heerdt, e de vários presidentes que integram o Conselho das Entidades.

“Esta aproximação é importante para o diálogo. O aumento de efetivo continua sendo uma de nossas reivindicações, mas precisamos também compreender e evoluir para novas práticas, como o projeto do Menor Aprendiz e Policial Temporário. A expectativa é que outros profissionais possam assumir atribuições internas e administrativas dentro da corporação, permitindo que os policiais se concentrem nas ações de segurança pública”, comenta a presidente da ACIBr, Rita Cassia Conti.

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A empresária voltou a frisar o compromisso das entidades de classe e do poder público de Brusque, Guabiruba e Botuverá, em contribuir com a Polícia Militar, através de um convênio que permite melhorias internas e a compra de equipamentos, bem como através de câmeras de segurança instaladas pela cidade e região. Também adiantou que, na próxima semana, o Conselho das Entidades deve discutir uma campanha sobre o voto útil, para conscientizar as pessoas sobre a importância de votar em candidatos regionais. “Somos entidades apartidárias, mas precisamos estimular o voto útil, para contarmos com representantes locais na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no Senado. Temos que ser mais conscientes para alcançarmos esta representatividade”, afirma.

Distribuição de efetivo

A principal reivindicação ouvida pelo comandante da PM/SC durante o encontro foi a defasagem no número de efetivos policiais na região. O município de Guabiruba, inclusive, lidera o ranking das cidades mais desassistidas de policiais em Santa Catarina.

O coronel Marcelo Pontes esclareceu que esta demanda não é pontual, já que todas as regiões do Estado sofrem com o baixo número de policiais integrados às corporações. “Na última Escola de Soldados formamos 500 policiais militares, o que é pouco, quando pensamos em nossos 295 municípios. São critérios técnicos que definem esta distribuição, levando em conta o número de habitantes e os índices de ocorrências. Há, ainda, um ajuste fino, com questões avaliadas pontualmente. Brusque, por exemplo, tem um time de futebol profissional na Série B e uma população flutuante, pelo turismo de compras e demais eventos realizados. Estas informações aplicamos na planilha técnica e, dentro do possível, procuramos contemplar a todos, mesmo sabendo que ainda não é o necessário”, disse o coronel.

Segundo ele, nos últimos dois anos foram formados mil novos policiais militares e a expectativa é que mais uma Escola de Soldados inicie em março de 2023, com a previsão de reunir mais 500 futuros policiais. “O compromisso é de atender municípios que precisam de um reforço maior e de estancar a macro criminalidade instalada em grandes centros, impedindo este avanço para cidades menores”, explica.

Policial Temporário e Jovem Aprendiz

O coronel ainda citou o projeto “Policial Temporário” que, apesar do aval do governo do Estado, não foi aprovado recentemente pela Assembleia Legislativa. Para ele, passado o período eleitoral, será importante retomar esta discussão e providenciar ajustes necessários para que esta efetivação aconteça.

“Vamos reapresentar o projeto em 2023. A intenção é que o Policial Temporário trabalhe na corporação por, no máximo, oito anos, sendo depois desligado de forma obrigatória. Suas atribuições são internas, ou vinculadas às atividades preventivas. Desta forma, o policial de carreira se concentrará no atendimento de ocorrências e radiopatrulha”, explica Pontes.

Já o Jovem Aprendiz é um projeto do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE/SC) que, em 2019, firmou um Termo de Cooperação Técnica com a Polícia Militar de Santa Catarina. Tendo como base um decreto do Ministério do Trabalho, as empresas que precisam cumprir a lei de cotas, podem alocar seu jovem aprendiz em órgãos públicos, incluindo as corporações da PM no Estado.

Qualidade de vida

Mais do que os bons índices na área da segurança pública, o prefeito de Brusque, José Ari Vequi, citou a colocação do município no ranking nacional de qualidade de vida, onde a cidade ocupa o 14º lugar. “Somos o segundo melhor município para se viver em Santa Catarina e, se não fosse a questão do esgoto sanitário, certamente estaríamos entre as 10 melhores cidades do Brasil. E isso só é possível pela força do nosso judiciário e pelo envolvimento das entidades de classe, que estão abertas ao diálogo e sempre dispostas a contribuir”, enaltece.

Modelo de segurança

Ainda na reunião, o coronel Marcelo Pontes agradeceu a parceria e o apoio do poder público e das entidades. Ele citou o novo modelo adotado na área de segurança pública do Estado que, em 2019, extinguiu o antigo cargo de secretário e estabeleceu a formação de um Colegiado Superior, formado pelos comandantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, além do diretor geral do Instituto Geral de Perícias.

“Acompanhamos as estatísticas e a evolução dos índices, que nos confirmam como a melhor segurança pública do país. Temos os menores números de homicídios, latrocínios e roubos do Brasil. Também é importante destacar o uso de tecnologia. Somos uma organização que não utiliza mais o papel. Desde o início, nossos procedimentos acontecem através do uso de celulares e tablets”, explica.

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