Foto: Diego Sestrem / Zeitung

Foi aprovado por unanimidade, na noite da última terça-feira (8), o Projeto de Lei nº 18/2025, que cria uma gratificação para o cargo de diretor escolar em Guabiruba.

Nas escolas com até 100 alunos, a gratificação para o diretor será de 30% sobre o valor do piso do magistério. Já nas escolas com 101 a 300 alunos, a gratificação será de 40%. E por fim, nas escolas com 301 até 700 alunos, o diretor receberá 50% de gratificação.

Para o vereador Alexandre Pereira (PP), a gratificação é uma maneira justa de reconhecer e incentivar que a cidade tenha bons profissionais a frente das escolas. “É um projeto muito válido, por parte da Secretaria de Educação, visando valorizar ainda mais esses profissionais que têm um trabalho incansável junto aos educandários guabirubenses”, ressalta.

- Publicidade i -

Alfred Nagel Neto (MDB) defendeu a aprovação do projeto. “Era algo que há muito tempo a gente aspirava para os nossos diretores escolares, uma gratificação voltada ao desempenho da função de diretor”, salienta.

Para o vereador, é importante valorizar o trabalho dos diretores, visto que, por muitas vezes, eles desempenham funções além do seu próprio horário, para garantir o bom funcionamento das escolas. “O diretor não tem horário. Nada mais justo do que esses diretores serem valorizados dessa forma”, reforça.

Mês do Autismo

A presidente da AMA Brusque e Região, Márcia Graf Faria Gonzaga, participou da sessão desta terça-feira (8) na Câmara de Vereadores para abordar a temática do autismo, em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril. Márcia esteve acompanhada de sua filha, que é autista de nível 3 de suporte, e utilizou a tribuna para compartilhar a realidade enfrentada por muitas famílias. “Essa criança está aqui hoje representando todas as crianças com autismo de Brusque e região, e mostrando a necessidade de elas serem vistas, de os senhores saberem que elas existem e como elas são, como é a vida dessas famílias, que como eu, não têm com quem deixar, para fazer algo como por exemplo, conscientizar os outros”, destaca.

Presidente da AMA Brusque e Região, Márcia Graf Faria Gonzaga, falou sobre o mês do autismo | Foto: Diego Sestrem / Zeitung

Durante sua fala, Márcia reforçou a importância de ações de conscientização e esclareceu pontos essenciais sobre o transtorno. “As mães não estão aqui hoje porque estas estão com essas demandas em casa. A gente sempre tenta no mês de abril trazer um pouquinho sobre o qué o autismo, que não é uma doença, e sim um transtorno, que não pode ser adquirido, que não tem cura, mas que tem intervenções que podemos fazer para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e dar oportunidades”, pontua.

Ela encerrou sua participação com um apelo por inclusão e apoio contínuo. “Tudo que a gente faz é dar oportunidade para que essas crianças possam estudar, desenvolver a autoestima e habilidades, para que no futuro elas possam ocupar o mercado de trabalho”, finaliza.

A guabirubense Carla Wolf, que também integra a diretoria da AMA Brusque e Região, usou a tribuna durante a sessão para reforçar a importância do apoio familiar, da inclusão escolar e do acesso a terapias de qualidade para crianças autistas. Segundo ela, o suporte adequado começa dentro de casa, mas precisa ser ampliado por meio de políticas públicas eficientes. “A criança autista precisa de uma família que seja suporte e que tenha conhecimento e meios para ajudar sua criança, além de inclusão escolar. Seu futuro depende disso. Sem a base de conhecimento da escola, não há perspectiva de ingresso e permanência no mercado de trabalho, faculdade e de plena participação na sociedade”, explica.

A guabirubense Carla Wolf, que também integra a diretoria da AMA Brusque e Região, usou a tribuna durante a sessão para reforçar a importância do apoio familiar | Foto: Diego Sestrem / Zeitung

Carla também chamou atenção para a necessidade de atendimento terapêutico contínuo e gratuito. “A criança autista também precisa de terapia gratuita de qualidade. Nossas crianças, adolescentes e adultos precisam de suporte terapêutico individualizado, multidisciplinar e pelo tempo que cada um necessitar”, destacou.

Atualmente, a AMA atende mais de 180 crianças pelo SUS em Brusque, mas, segundo ela, ainda há um grande desafio em Guabiruba. Muitas crianças, ao completarem seis anos, deixam de receber acompanhamento adequado. “Nossas crianças não podem depender da sorte de ter pais com condições financeiras para custear as tão necessárias terapias”, afirma.

Por fim, ela fez um apelo aos vereadores. “A AMA pede a esta casa que olhe para a causa do autismo e para as necessidades dos nossos autistas. Contamos com os senhores para ajudar a proporcionar oportunidades para os nosso filhos”, conclui.

Sessão itinerante

O Presidente da Casa, Alexandre Pereira (PP), convidou a população guabirubense para participar da primeira sessão itinerante deste ano, que está marcada para o dia 29 de abril.

A reunião acontecerá no Clube 10 de Junho, às 19 horas, e não será transmitida pelas redes sociais. “É um momento onde a Câmara se desloca para dar a oportunidade de fala à comunidade”, destaca.

5 COMENTÁRIOS

Deixe uma resposta

- Publicidade -
banner2
WhatsAppImage2021-08-16at104018-2
previous arrow
next arrow