Fotos: David T Silva

 

 

A primeira sessão itinerante do ano da Câmara de Vereadores de Guabiruba, foi realizada na noite de terça-feira (29), nas dependências da Igreja Luterana, na rua Lorena, bairro São Pedro. É a terceira vez que o bairro recebe uma sessão itinerante.

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Compareceram pessoas da comunidade, oito vereadores, o secretário de obras, Jair Brambilla, a secretária de meio ambiente, Bruna Eli Ebele e o secretário de planejamento urbano e infraestrutura, Anderson Cavichioli, que apresentou projetos da pasta para o bairro São Pedro. O principal assunto tratado, porém, foi a falta de água no bairro, abordado também pelo prefeito Valmir Zirke, presente na sessão.

Zirke assegurou – que em reunião com a Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (AGIR), que é responsável por regular a prestação dos serviços públicos de saneamento básico – o trabalho de notificação da empresa Guabiruba Saneamento. “Não dá mais para aceitar esse tipo de coisa. Sabemos que a água é importante. A empresa reivindica 17% de aumento, mas não é só reivindicar, estão deixando a desejar”, frisou.

Assim como comentado anteriormente em outras sessões ordinárias da Câmara Municipal, o prefeito confirmou a participação do superintendente da empresa, Guilherme Paladini, que deve comparecer à próxima sessão ordinária para responder aos questionamentos dos parlamentares sobre o abastecimento de água.

“Dono somos nós. Eles têm uma conceção do município, mas continua sendo da Prefeitura. Nós temos todo o direito de cobrar para que a empresa faça essas melhorias que vêm sendo cobradas”, observou o chefe do executivo.

Leonardo Caetano, também morador da localidade, questionou diretamente o prefeito sobre a qualidade da água. “Essa água não é água, é leite. O que está acontecendo, senhor prefeito? Tem de tomar providências em cima dessa gente, não temos direito?”, ressaltou.

O prefeito, em resposta ao morador, novamente fez observações sobre a empresa responsável e informou que incluiu o proprietário da empresa, Anderson Botega, em um grupo de troca de mensagens para que fique sabendo das demandas dos moradores.

“Ele vai ver os problemas que temos, água suja e falta de água. Eu não tenho medo nem vergonha de dizer: nós tiramos uma empresa da Guabiruba Sul que não fez um bom trabalho e isso pode acontecer com eles também”, ressaltou.

Inscrito para fazer questionamentos, o presidente da comunidade Luterana, Hercílio Tomio, também afirmou que a maior reivindicação daquela localidade é o abastecimento de água. “Imagine essa estrutura toda aqui, (igreja e o salão anexo), sem água no fim de semana. Já que essa pessoa vai na terça-feira na sessão, cobrem dele”, opinou.

Projetos

Um dos projetos para o bairro São Pedro é a continuidade da revitalização da rua de mesmo nome, que compreende próximo a ponte e ao número 926, até a bifurcação das comunidades Alsácia e Lorena, com aproximadamente 900 metros. Também será contemplado o trecho da rua José Fischer, à partir da rua São Pedro até próximo a rua da Independência, com cerca de 200 metros. 

Entre as obras apresentadas à comunidade pelo secretário de planejamento, foi citada também a reforma e ampliação da creche do bairro, e o novo portal que será construído no limite entre Guabiruba e Brusque. Outras obras em vias centrais que devem facilitar o retorno do trânsito para o bairro, a partir do centro, foram apresentadas.

Comunidade

O morador da localidade, Rodrigo Caetano, solicitou atenção do poder público sobre a falta de calçadas na rua Lorena. “Quem caminha pela rua sabe como é difícil disputar espaço com caminhões e carros. Às vezes tem muito capim, não tem onde andar”, relata pedindo uma solução da demanda que também foi comentada pela vereadora Maria Simone Fischer (MDB).

Em resposta, o presidente da Casa, Cristiano Kormann (Progressistas), argumentou que apenas a partir de 2013 o município iniciou o trabalho de padronização das calçadas com investimento público. Segundo o vereador as calçadas anteriormente eram feitas por conta de cada proprietário de imóvel. “Estamos correndo contra o tempo para chegar ao máximo de construção de calçadas possível, porque sabemos que a demanda é muito grande. Com certeza é uma reivindicação válida”, assegurou.

Hercílio Tomio também frisou a alta velocidade dos veículos na rua Lorena e justificou o pedido de medidas preventivas, alertando aos poderes Executivo e Legislativo sobre a realização dos cultos, quando há bastante circulação de crianças.

Assim como Vendelino Baron, que questionou sobre a segurança nas proximidades da praça entre a Lorena e Alsácia. Segundo ele, já foi feita solicitação de redutor de velocidade, mas foi apenas feito uma faixa de pedestres. Outro apontamento do morador foi a perturbação do sossego após o horário das 22h por um campo de futebol das proximidades. O prefeito indicou que o morador faça uma reclamação para a secretaria de meio ambiente, que é responsável por analisar as solicitações da comunidade. Já sobre o redutor de velocidade, o prefeito sugeriu a implantação de radar.

Para o presidente da Casa, Cristiano Kormann (Progressistas), o objetivo da sessão itinerante é ouvir críticas e ideias da população. “Não é o objetivo ouvir elogios, queremos ouvir as demandas da população e que hoje fizeram pedidos de lombada e falaram principalmente de problemas com o abastecimento de água”, finalizou. 

 

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