Foto: David T Silva/Arquivo

 

A partir do mês de março os servidores públicos de Guabiruba já recebem os salários com reajuste e a negociação está acalorada neste início de ano com o Poder Público. 

Nas redes sociais e na Câmara de Vereadores, servidores têm se manifestado periodicamente por mais reconhecimento e incremento na folha de pagamento. “Valorizar o servidor público é, também, reconhecê-lo como um importante agente na construção de uma cidade melhor”, argumentam. 

- Publicidade i -

Entre os pleitos divulgados estão atualização da base salarial para todas as categorias no plano de cargos e salários;  aumento real acima da inflação; aumento real do vale alimentação; convocação de novos servidores de acordo com o concurso vigente; atualização do Estatuto dos Servidores Públicos e criação da regulamentação do vale transporte ou vale combustível. 

Nesta terça-feira (28), o prefeito Valmir Zirke conversou com a reportagem do Guabiruba Zeitung e comentou sobre o andamento da negociação. De acordo com ele, as reivindicações partem tanto do Sindicato, quanto de servidores não sindicalizados. Antes da definição final será realizada mais uma reunião na próxima segunda-feira entre a comissão de negociação e o Executivo.  

“Colocamos a nossa proposta. De concreto o que vai ter é um aumento de 6%, arredondando a inflação que é de 5,71%. Concedendo esse percentual para o servidor, a nossa folha vai de 43% para 50% da arrecadação. É um cuidado que temos que ter, para não chegar em 54%. É o que no momento temos para oferecer. Não é porque eu não quero oferecer mais, é que temos a Lei de responsabilidade fiscal, que nos obriga a cumprir o que é determinado ali”, antecipa o chefe do Legislativo. 

“Veja, 50% da arrecadação fica para a folha. Depois são 25% para a educação e 15% para a saúde. O que sobra para obras? ”, completa o prefeito.  

De acordo com ele, existe ainda uma preocupação com a economia do país. “Se a economia continuar crescendo tudo bem, se não, daqui a pouco vai acontecer o que houve em 2015, que tivemos que cortar salários de 30% meu (que era vice) do prefeito, dos secretários… Então a proposta é 6%. O vale alimentação pediram 30%, nós tivemos uma conversa e ofereci 20%. Vieram para 24% e eu sugeri 22%. É o que vai ficar porque está no limite. Esse até conseguimos um percentual maior porque não está na folha. O restante vamos continuar conversando”, detalha Zirke. 

Segundo ele, a Prefeitura também tem pressa para a definição desta pauta, por conta dos prazos para que o Recursos Humanos faça os lançamentos.  

Arrecadação 

Sobre a possibilidade de aumentar a arrecadação do município, o prefeito destaca que já foi realizado um levantamento do que é pago atualmente de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e diz que é necessária uma revisão do que é cobrado. 

“Não se trata de um aumento, mas de ser justos. São 29 páginas no relatório de pessoas que pagam menos de R$ 100 de IPTU. Então é muita coisa. Com a retirada da taxa de expediente de R$ 37, o contribuinte vai pagar  menos do que no ano passado. Tem que existir uma compensação, porque isso é uma perda de mais de R$ 300 mil e vai fazer falta. Vou dar um exemplo, na rua Francisco Debatin têm pessoas que pagam R$ 20, R$ 50 e R$ 70 o metro. Então essa desigualdade é que precisa ser revista, para que possamos igualar o valor do metro em um mesmo local. O alvará também não poderia mais cobrar a taxa de expediente, o que seria uma perda de quase R$ 1 milhão. Então tudo isso impacta na receita”, frisa. 

“Acredito que não temos como fazer essa revisão no ano que vem, por conta da eleição também, mas teria que fazer esse ano para cobrar no ano que vem e demora até aprovar na Câmara e fazer todos os trâmites”, completa Zirke. 

Questionado se a revisão do IPTU seria um projeto para um possível segundo mandato, ele diz que não um projeto de aumento, mas de correção das inconsistências.

Deixe uma resposta

- Publicidade -
banner2
WhatsAppImage2021-08-16at104018-2
previous arrow
next arrow