Foto: Fabiano Siegel

 

A quarta Maibaum – Árvore de Maio de Guabiruba, não será erguida nesta segunda-feira, 1º de maio, conforme manda a tradição e estava programado pela Associação Artística Cultural São Pedro (AACSP). Isso porque a árvore colhida para a substituição da terceira, que caiu em 30 de outubro do ano passado, apresentou brocas e ficou com sua estrutura comprometida. 

“Às vezes, temos que aceitar o que a natureza nos impõe. Quando uma Maibaum cai a tradição diz que tempos ruins estão por vir, e, por isso, a sociedade deve se unir para que estas dificuldades sejam de menor impacto, até que a próxima Maibaum seja erguida”, explica o coordenador Fabiano Siegel.

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De acordo com ele, a colheita da próxima Maibaum será realizada em junho deste ano, para que possa ser erguida pela comunidade em 1º  de maio de 2024. “Já está em programação a próxima – a sua colheita, a preparação e o convite para a comunidade ajudar. Por isso, em sua base está escrito: “Maibaum esta é uma amostra da força da cultura em nossa cidade (veja foto)”, ressalta. 

Fabiano conta que para ele e Vandrigo Kohler, que coordenam os trabalhos da Maibaum na cidade, o sentimento é de que falta algo a ser feito. “Como somos de origem alemã, sinto que o fazer acontecer fica mais aflorado, mais evidente. E, com certeza, será feito. Ergueremos a próxima”, declara. 

Foto: David T. Silva

Árvore de Maio

Conhecida como “Árvore de Maio”, a Maibaum faz parte da cultura alemã e foi erguida pela primeira vez na Guabiruba em 2008, no início da rua Imigrantes, no centro. Em sua terceira edição, a árvore que caiu com a força dos ventos estava prestes a ser substituída, seguindo o costume proposto, no primeiro dia de maio deste ano.

A Maibaum é formada por um mastro de madeira pintado de branco e azul, que é erguido sem ajuda de força mecânica, como símbolo de organização e união. Conforme a tradição, ela é substituída a cada cinco anos. Para isso, a nova árvore é colhida no ano anterior e preparada com a poda dos galhos para, posteriormente, ser pintada. Neste período, também iniciam a fabricação das placas-símbolos, feitas pelo Zünfte (artesão).

A instalação acontece com o auxílio de duas estacas, chamadas localmente de “Schwaiberl”, ou seja, andorinhas. A parte superior é unida com cordas firmemente amarradas que, quando pressionadas contra a Maibaum, são capazes de erguê-la. Para finalizar, a Árvore de Maio recebe os ornamentos: o galinho do tempo (Wetterhahn) no topo, placas-símbolos – representando as associações, famílias, profissionais e empresas (Zunfttafeln), as Bandeiras da cidade e do país, e um arco de festão.

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