Uma das vozes mais marcantes do rádio em Guabiruba e região é dele: Marco Aurélio Kistner, que herdou do pai a paixão pelo microfone e pelo jornalismo. Com o inconfundível bom humor e animação, sua voz é companhia nas manhãs de vários guabirubenses. Ele que entrevista, hoje passa para o outro lado e é o entrevistado. Mais que isso, abre o jogo sobre a sua vida pessoal e profissional. Confira:

Guabiruba Zeitung – Como foi a sua infância?
Marco Aurélio Kistner – A minha infância foi como a de qualquer criança saudável, feliz com muitas brincadeiras e diversão. Nasci em Brusque em 4 de janeiro de 1978. Meu pai, Rubens Kistner (in memoria), trabalhava em rádio. Trabalhou na rádio Araguaia, em Brusque, quando foi convidado para trabalhar em uma emissora em Blumenau, a rádio Nereu Ramos. Depois passou por outras, como rádio União, rádio Clube… Em função da profissão do meu pai, fomos morar em Blumenau. Lá nasceu a minha irmã, a Gabriela Thaís Kistner, minha mana que adoro de paixão. Minha mãe, dona Marlete Marchi Kistner, trabalhava no escritório do Supermercado Pão de Açúcar. Então, eu e minha irmã ficávamos em casas de pessoas que cuidavam de crianças, em Blumenau tem essa opção, que é mais em conta do que creche e jardim. Não me esqueço, ficávamos na “Frau Tribés”, um casal de senhores que cuidavam de nós enquanto nossos pais trabalhavam e era bem divertido. Era uma alegria quando eu acompanhava o meu pai na rádio para gravar algo ou fazer alguma coisa, aquilo para mim era um tudo! Olhava aquilo tudo: microfones, fitas, discos, aqueles profissionais atuando, acredito que ali já me deu aquele estalo para eu amar essa profissão. Posso dizer que meu falecido pai foi o meu grande incentivador para hoje estar onde estou. Lembro quando ele apresentava a Oktoberfest. Era ele que gravava alguns comerciais para a RBS naquela época e sua voz até já foi considerada a segunda melhor voz de Santa Catarina. Isso eu falo com muito orgulho. Ele faleceu em 11 de abril de 1992, quando já estávamos morando em Brusque novamente. Trabalhava nas Rádios Cidade AM e Diplomata FM, que na época as emissoras eram dos mesmos proprietários.

GZ- Como optou pela carreira jornalística?

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MAK – Jornalismo é uma coisa apaixonante né? Nossa! Meu pai faleceu em 1992 e em 1994 recebi um convite da Rádio Cidade AM de Brusque para trabalhar de Operador de Áudio, conquistando o meu espaço como locutor e realmente trabalhando no que eu gostava. Demorei um pouco, mas em junho de 2006 comecei a minha faculdade de Jornalismo na Univali, em Itajaí. Foram quatro anos e meio de muita dedicação, trabalhos, livros, muitos conhecimentos e as amizades que a gente faz em uma faculdade né? Muito bom! Fiquei na Rádio Cidade até dezembro de 2008, quando fui convidado para um novo desafio, trabalhar na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Brusque como Coordenador de Comunicação – de 2008 até 2015 fiquei nessa atividade. Todos os trabalhos de microfone, palanque, desfiles, festas, era responsabilidade minha, foi um aprendizado também. Em dezembro de 2010 me formei em Jornalismo – fiz um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que me orgulho muito, está no YouTube para quem quiser ver: “Jogos Abertos de Santa Catarina – 50 Anos”. O jornalismo mesmo é muito fascinante.

GZ – Qual a principal característica que um bom jornalista deve ter?

MAK – O jornalista não pode se vender, não pode se corromper e sempre tem que ter muito orgulho do seu trabalho, da sua profissão, do seu diploma acima de tudo. O jornalista é uma pessoa que está ali para as outras pessoas confiarem quando estão lendo uma notícia, ouvindo uma informação – acredito que devemos ter muita responsabilidade na hora de apurar os fatos, ouvir os lados e trazer a maior quantidade de informação possível para os leitores, ouvintes e telespectadores. Fake News nem pensar, tô fora!

GZ – Em que veículos você trabalhou?

MAK – Olha, já trabalhei na Rádio Cidade de 1994 até 2008, Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Brusque de 2009 até 2015. Nesse meio tive também o prazer de apresentar um Programa chamado “Arrombação” na TV Brusque. O programa inédito que ia ao ar sempre às 21h de sábado com reprises durante a semana, começou em 2002 e foi até 2016. Sempre fui apaixonado por televisão também. Atualmente trabalho na Rádio Guabiruba FM com muito orgulho e carinho. Comecei na Guabiruba FM em 20 de julho de 2015, estou lá desde o início da emissora.

GZ – Quais foram os principais momentos na sua carreira?

MAK – São sempre aqueles momentos mágicos, né? De entrevistas com personalidades e artistas. Foram muitas entrevistas e momentos importantes nessa carreira de um pouco mais de 25 anos de comunicação, rádio, TV, apresentação de eventos. Nestes dias mesmo tive o prazer de subir no palco para apresentar o show do Padre Alessandro Campos que esteve em Brusque, show nacional. Entre tantos outros momentos, já entrevistei César Menotti e Fabiano, Amado Batista, Fernando e Sorocaba, Ivete Sangalo, Daniel, Leonardo e muitos outros tantos artistas da música e da TV. Mas o momento mais importante da minha carreira foi em 2010 quando nasceu o meu primeiro filho, Bruno Kistner. Naquele corre-corre de TCC e trabalho, responsabilidades do dia a dia e meu filho ali com a minha esposa, a Lisangela Polheimm que sempre foi uma incentivadora de todas as minhas atividades, seja profissional ou pessoal. Estamos juntos há 15 anos e temos uma família linda:  Bruno, de oito anos, Helena, de quatro anos e Bernardo, de dois.  Amo muito a minha família e a minha profissão.

GZ – Qual conselho daria a um jovem que busca ingressar na carreira jornalística?MAK – Nesse mundo de Youtuber’s e tecnologia avançada que estamos vivendo é complicado. Mas eu sou do pensamento que a pessoa pode fazer tudo o que gosta e o jornalismo é uma opção. Muita responsabilidade e segurança para um dia, lá na frente, você poder se orgulhar do seu trabalho e talvez alguém se orgulhar de estar usando o seu nome em alguma matéria, entrevista ou até mesmo lembrar de você porque ali foi muito batalhado, muito esforço para tudo ser conquistado. Vá em frente, faça jornalismo e apaixone-se!

GZ – Qual a sua opinião sobre a não obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão?

MAK – Infelizmente não é tudo como a gente quer, fazer o quê? A gente que estudou, se dedicou, fica triste com isso. Porém, somente quem tem o diploma e o conhecimento do jornalismo propriamente dito vai em frente na nossa realidade, na vida. Acredito que mais cedo ou mais tarde essa situação vai reverter e o diploma vai ser obrigatório. Aí vai ter muita gente que vai dançar e quem rir por último, ri melhor. Infelizmente, ou felizmente é assim.

GZ – Uma característica marcante no seu trabalho é o bom humor. Qual o segredo para estar sempre tão animado?

MAK – Não tem segredo (risos), você tem que ser feliz e pronto. Sou católico e agradeço todos os dias à Deus o meu dia, a minha família e essa oportunidade de você ter mais vinte e quatro horas de vida para fazer a diferença. E o meu papel de fazer a diferença eu realizo todos os dias no microfone da Rádio Guabiruba FM. É muito bom viver! Quando o Giovani Ricardo e o Marcos Ebele me convidaram para trabalhar em Guabiruba foi uma alegria. Uma FM, uma rádio novinha. Então abri o microfone e fui devagar conquistando os meus ouvintes, todos os dias um pouco a mais. Dia 20 de julho a rádio completa quatro anos e estou muito feliz com a condução do “Manhã Guabiruba FM” de segunda à sexta das 8h30 às12h. Vamos nessa, vamos seguir em frente!

GZ – Como Guabiruba entrou na sua vida?

MAK – Já conhecia Guabiruba nas épocas de Rádio Cidade AM, matérias e coberturas daqui para aquela emissora. Pois bem, a mulher que eu amo e que hoje é minha esposa, ela é de Guabiruba, natural daqui. Casamos em 2013 na Capela Imaculada Conceição, no Lageado Alto. Três filhos lindos que eu amo de paixão. Guabiruba hoje significa tudo pra mim: profissionalmente estou fazendo o que eu sou apaixonado, estou morando aqui, sou de Guabiruba agora e para me tirar daqui vai ser bem difícil.

GZ – Família é…

MAK – Tudo. Somos eu, a Lisangela (Sula) minha esposa, Bruno, 8 anos, Helena, 4 anos e o Bernardo, de 2. Somos muito felizes nas alegrias e nas tristezas. E você fica bem quando está bem com a sua família: nessa alegria e harmonia. É Muito Bom!

GZ – Um jornalista que admira?

MAK – Cláudio Barcellos de Barcellos, mais conhecido como Caco Barcellos.

GZ – Livro preferido?

MAK –  A Regra Do Jogo, de Cláudio Abramo

GZ – Um clube de futebol?

MAK – Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!

GZ – Uma pessoa que te inspira?

MAK -Minha Mãe, Dona Marlete Marchi Kistner

GZ – Defina o Marco Aurélio em uma palavra

MAK – Otimista

 

 

 

 

 

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