Vice-prefeito Cledson Kormann representou o Poder Executivo na sessão itinerante | Foto: Diego Sestrem / Zeitung

Na noite de terça-feira (29), a Câmara Municipal de Guabiruba realizou a primeira sessão itinerante de 2025, no Clube Dez de Junho, no Centro. O encontro teve como objetivo aproximar o poder legislativo da comunidade, permitindo que moradores se inscrevessem para falar na tribuna e apresentassem diretamente suas demandas aos vereadores e ao vice-prefeito Cledson Kormann, que representou o Executivo municipal na ocasião.

Com formato adaptado para priorizar a participação popular, cada vereador teve cinco minutos de fala – diferente das sessões ordinárias, em que o tempo é de quinze minutos.

O vice-prefeito Cledson Kormann utilizou a palavra e agradeceu a oportunidade de participar. “Ficamos muito gratos de poder participar e estar aqui junto, recebendo a comunidade, as reivindicações e problemas que eventualmente acontecem e que poderemos procurar soluções o mais breve possível”, comentou.

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O próximo a utilizar a tribuna foi Jaime Luiz Nuss, sócio fundador do Clube Dez de Junho, que relembrou a história da entidade e sua importância para o esporte local.

Entre os moradores inscritos para falar na tribuna, Adelino Stedile, residente na rua Otto Dirschnabel, solicitou melhorias na via, como o combate à erosão e a instalação de placas indicando que se trata de uma rua sem saída.

Adelino Stedile foi o primeiro morador a fazer uso da palavra | Foto: Diego Sestrem / Zeitung

Em seguida, Willian Bretzke trouxe questionamentos sobre a construção do abatedouro municipal. Ele criticou a ausência de um estudo de viabilidade econômica e destacou que a obra, orçada em mais de R$ 1 milhão, teria sido realizada em um terreno ainda não regularizado. “Construímos uma obra pública com custo de mais de R$ 1 milhão em cima de um terreno que até o presente momento é de uma pessoa privada”, destacou.

Willian Bretzke trouxe questionamentos sobre a construção do abatedouro municipal | Foto: Diego Sestrem / Zeitung

“O terreno pode acabar indo para outra pessoa, com a obra da prefeitura em cima”, reforçou Bretzke, que também questionou a viabilidade econômica do projeto. “Não encontrei um estudo sobre isso. Uma das minhas preocupações é entender o porquê dele [ter sido construído]”, pontuou.

Bretzke também lamentou o receio de parte da população em se manifestar publicamente por medo de represálias. “Só por estar aqui eu já coloco um alvo na testa”, exclamou.

O vereador Alexandre Felipe Pereira respondeu aos questionamentos e garantiu que a situação está sendo conduzida com responsabilidade. “A população pode ficar tranquila. A prefeitura, de maneira alguma, vai investir recurso em algo que não é dela e que é impróprio”, afirmou. Ele também destacou a importância da agricultura para Guabiruba e o trabalho realizado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Guabiruba, que reúne mais de 250 sócios. Por fim, convidou Bretzke para participar de uma reunião com a Secretaria de Agricultura e representantes do Executivo para esclarecer todos os pontos.

Ao Zeitung, o vice-prefeito Cledson Kormann, respondeu os questionamentos de Willian Bretzke. “Sobre supostas represálias, de forma alguma isso iria acontecer, nunca aconteceu. A gente vive numa cidade democrática. É uma situação que vem para reforçar a transparência do município. Toda conduta que está sendo tomada é para a regularização”, afirmou. “O terreno faz parte de uma matrícula bem maior, e todo esse desdobramento acaba demorando um tempo maior do que a gente espera, e não queríamos perder tempo nessa obra que é uma reivindicação antiga do município”, concluiu o vice-prefeito.

Na sequência, Maurício Saldanha utilizou a palavra para solicitar melhorias na escola Paulo Schmidt, especificamente o aumento do muro da quadra de areia, que considera muito baixo e inseguro. Ele também denunciou o mau cheiro vindo de uma empresa localizada na região central. “Uma situação constrangedora que passei quando recebi uma visista em casa. Tivemos que entrar na residência por causa do cheiro”, contou. Segundo ele, comerciantes e moradores próximos também sofrem com o problema. “Temos hospital, escola, pacientes e crianças. É uma questão de saúde pública”, reforçou.

Maurício Saldanha solicitou melhorias na escola Paulo Schmidt | Foto: Diego Sestrem / Zeitung

Ao fim da sessão, o presidente da Câmara, Alexandre Felipe Pereira, avaliou positivamente a iniciativa de aproximar o legislativo da comunidade, mas reforçou a importância de uma participação ainda mais ativa da população. “Tivemos um público razoável na sessão itinerante de hoje. A gente espera que, quando se trata do poder legislativo indo para as comunidades, esse número seja muito maior, que as pessoas estejam engajadas e participando do poder público”, afirmou.

Para o presidente, o contato direto com os moradores é essencial para fortalecer as políticas públicas e garantir que as decisões estejam alinhadas com as reais necessidades do município. “Acredito que o poder público, alinhado com as pautas da população, da comunidade, juntos nós podemos criar grandes políticas públicas e melhorar ainda mais a qualidade de vida do cidadão guabirubense”, declarou.

Ele também destacou a importância da transparência no processo legislativo e o papel da população em acompanhar de perto as decisões da Câmara. “Torcemos para que a população guabirubense se interesse mais pelas políticas públicas que vêm acontecendo na nossa cidade, sobre os projetos de lei que são aprovados na Câmara Municipal, e as prioridades da administração municipal. Tudo aquilo que passa pela Câmara é de interesse da comunidade.”

Por fim, Alexandre reforçou que a Câmara está aberta ao diálogo e pronta para ouvir os moradores, sem qualquer receio de represálias. “Talvez o cidadão que esteve presente ficou um pouco com medo de utilizar o microfone, com receio de represálias, como ele mesmo colocou, mas muito pelo contrário, a Câmara é a casa do povo e a gente está lá de prontidão para atender a comunidade”, completou. “Estamos de ouvidos abertos para ouvir a comunidade, sem receio de ter represálias, ou de ‘alvos’, como foi colocado hoje aqui na sessão, para que a gente possa ter transparência e diálogo com a população”, finalizou.

 

 

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