O município de Guabiruba e a Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí – AMMVI estão realizando o Diagnóstico Sócio Ambiental Municipal para fins de caracterização de Área Urbana Consolidada. O Diagnóstico tem como finalidade a redução da Área de Preservação Permanente para no mínimo 15 metros em áreas urbanas consolidadas. Para obter dados mais precisos sobre os rios que cortam a zona urbana da cidade e assim ter melhores definições sobre as áreas de proteção, a Prefeitura de Guabiruba contratou uma empresa para fazer um raio X dos seis principais cursos d’água que atravessam a cidade.

Entre as informações coletadas estão a medição exata da largura da calha de cada rio e a sua situação ambiental. De acordo com a secretária de Meio Ambiente de Guabiruba, Bruna Ebele, surpreendeu a quantidade de peixes encontrados em todos eles. “Além de muitos, eles também são grandes. Isso é um indicativo de que nossos rios não estão poluídos”, destaca. Entre as espécies encontradas estão tilápias, piavas, traíras e cascudos.

O lixo doméstico também foi encontrado em baixa quantidade, ocorrendo somente em pontos específicos. A má notícia é que ainda há despejo de esgoto doméstico em grande quantidade. O principal motivo é o fato de que a cidade não tem um sistema de coleta e tratamento de esgoto coletivo. Hoje, é obrigatório que as casas instalem um Sistema de Tratamento Individual de Esgoto, com Tanque Séptico e filtro anaeróbio, no entanto, nem todos cumprem com a exigência. O órgão responsável por essa fiscalização é a Vigilância Sanitária.

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Guabiruba aprovou no ano de 2018 a Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, atendendo a legislação federal. Conforme Bruna, o município está dentro dos prazos e metas estabelecidos. De acordo com o plano, o início da instalação da rede coletiva de esgoto é para 2022 e até 2030 a meta é que 90% do Município possua a captação e tratamento coletivo do esgoto doméstico.

Intenção boa, resultado ruim

Outra constatação é de que ainda é forte em Guabiruba o hábito de despejar pneus e entulhos, principalmente restos de construção, nas margens dos rios. “As pessoas acreditam que assim estão contribuindo para evitar a erosão. Na verdade, isso só prejudica os rios, aumentando o assoreamento”, afirma Bruna. “Para evitar a erosão, o método correto é o enrocamento, que é a colocação de rochas grandes. Materiais pequenos são levados pela correnteza”, alerta.

Bruna afirma que a secretaria está planejando uma ação para o ano que vem juntamente com entidades e a população para um mutirão de limpeza das margens e uma campanha de conscientização.

Ela ressalta que jogar lixo e entulhos tanto nas margens dos rios como na beira das vias é passível de punição. Quem flagrar outra pessoa fazendo isso deve denunciar junto à Secretaria de Meio Ambiente de Guabiruba através do telefone 3308-3100 ou pelo e-mail meioambiente@guabiruba.sc.gov.br.

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