Por Grazielle Guimarães

Em uma casa amarela aconchegante do bairro São Pedro reside Veimar Chagas dos Santos, de 73 anos. Gaúcha e moradora da cidade há quase 40 anos, foi em Guabiruba que Veimar terminou de criar seus quatro filhos e aqui também que moram quatro dos seus cinco netos.

Com a voz calma e doce, Veimar conta como descobriu que estava com câncer de mama há um ano. “Fui na Policlínica com a minha filha e durante meu exame preventivo, a Lílian, que eu acredito ser enfermeira, detectou uns nódulos no meu seio. Na hora fiquei bem tranquila, pensei que eram apenas sebinhos. Quando o médico falou que eu teria que fazer cirurgia, eu me abalei um pouco, chorei, mas depois segui o tratamento normalmente”, conta.

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Por ter descoberto os nódulos já no início, Veimar não precisou retirar toda a mama e fez apenas 20 sessões de radioterapia, seus cabelos também não caíram. Ela conta que todo o processo foi bem rápido, pois no fim de 2018 descobriu os nódulos através da biópsia e em fevereiro de 2019 já realizou a cirurgia, sendo encaminhada para a radioterapia.

“Eu passei todo o tratamento tranquila, não tive reação nenhuma, e sempre pensava que não era nada de grave, que eu iria passar tranquilamente por tudo. Mas ter descoberto logo foi bem importante, acho que minha cura foi um sucesso muito por isso também”, acredita.

A psicóloga Karina Martins, que atende pelo Centro Médico de Guabiruba, explica que pensar positivamente pode colaborar para o bem-estar durante o processo de cura. “Consequentemente o que pensamos pode refletir nas nossas ações. Ou seja, o paciente que está em qualquer tipo de tratamento de saúde deverá buscar cultivar os pensamentos positivos para que a suas ações sejam voltadas ao seu bem-estar e autoestima durante a terapia, fazendo com que ele mesmo busque a sua cura sem desistir das lutas diárias que irá enfrentar”, explica.

A profissional salienta ainda que os pensamentos positivos podem ser cultivados através de ações como conversas com pessoas que superaram a doença; manter-se próximo de familiares e amigos buscando neles uma rede de apoio emocional; buscar fazer terapia para entender seus sentimentos e ações; fazer coisas que realmente gosta, dentre outras.

Após ter se recuperado totalmente, Veimar relembra que nem todos os dias foram de otimismo, mas que estar bem sempre foi o objetivo. “Muitas vezes me davam crises de choro, ficava meio pra baixo, mas eu orava muito, conversava com Deus e logo me distraia com meus netos ou com minhas filhas e melhorava”, relembra.

No tratamento, o apoio da família é fundamental, assim como o de amigos e pessoas próximas. “É importante que esses laços forneçam ao paciente pensamentos de confiança, afeto, carinho e principalmente paciência com o dia a dia destas pessoas, pois sabemos que não é fácil a rotina de medicações e procedimentos médicos.  Sendo assim, o paciente pode se sentir mais autoconfiante e saber que não está sozinho mesmo nas dificuldades”, explica a psicóloga Karina Martins.

Para as pessoas que estão passando pela doença, Veimar deixa um recado carinhoso. “Eu desejo muita força a todos e que eles pensem que vão passar por isso, vão superar. E que façam seus exames sempre, cuidem da saúde, isso é muito importante”, finaliza.

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