Foto: Diego Sestrem / Zeitung

Aconteceu na última terça-feira (18), mais uma sessão da Câmara de Vereadores de Guabiruba, que foi marcada por debates sobre questões ambientais e infraestrutura urbana, além de trazer pontos como a falta de mão de obra qualificada na cidade.

O Presidente da Casa, Alexandre Felipe Pereira (PP), abriu a sessão convidando o Secretário de Meio Ambiente de Guabiruba, Ulissis Otto, para falar sobre infrações ambientais e apresentar um resumo do trabalho realizado em 2024, bem como discorrer sobre as novas ações que serão realizadas no ano de 2025.

Nas últimas sessões da Câmara, o Secretário foi citado diversas vezes, e convidado a comparecer na tribuna para falar sobre os problemas ambientais na cidade, com destaque para o descarte irregular de resíduos têxteis ocorrido em um terreno no Lageado Baixo recentemente. Sobre o caso em específico, Otto explicou que o caso tramita dentro da secretaria, e que os envolvidos foram notificados e o processo encontra-se em fase de defesa. “Acatei a defesa, em análise prévia, e vi que faltavam algumas documentações a serem apresentadas. O infrator foi notificado e deverá apresentar o Manifesto de Transporte de Resíduos, o Certificado de Destinação Final, que comprova que o material foi para o local correto, e as notas fiscais referentes a este descarte. Ainda está em tramitação e ele pediu mais 30 dias. Esses 30 dias foram acatados pois o terreno já foi limpo”, observa.

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Foto: Diego Sestrem / Zeitung

O Secretário também falou de forma geral sobre os problemas ambientais. “São bem comuns os problemas de intervenção de um empreendedor, que acaba afetando o seu vizinho, esse seria o principal problema. Em segundo lugar, a queima de resíduos, que é um problema constante e recorrente. Corte de vegetação sem a devida autorização, o descarte irregular, resíduo têxtil, resíduo doméstico, materiais de grande volume como sofás e aquilo que a gente vê às margens das vias”, pontua.

Ele explica que para evitar esse tipo de problema, o melhor caminho é a denúncia da população. “Quem ver alguma situação irregular, e conseguir identificar alguém, horário, placa de veículo, enfim, recebemos as informações e tentamos identificar o infrator”, destaca.

“Pinguela do Pelznickel”

O vereador Justavo Barroso e Silva (PODE) falou sobre a situação da ponte de madeira que liga a Rua Nicolau Schaefer com a Rua dos Imigrantes, localizada nas proximidades da Sociedade do Pelznickel. Segundo ele, a ponte apresenta problemas na estrutura, que fica balançando e tem buracos abertos, podendo ocasionar acidentes, já que é muito utilizada, por exemplo, pelas crianças que estudam na Escola Vadislau Schmitt. “Centenas de crianças e trabalhadores usam ali. Ela está fora dos cabos de aço. Não é coisa para ficar esperando uma ou duas semanas, ou talvez uma criança cair dentro do rio. […] Nós temos que antecipar. Criança é criança. E temos certeza de que as vezes tem uma ponte inteira para passar, mas a criança vai procurar aquele buraco. Peço que deem uma atenção, pois são muitas crianças que passam por ali todos os dias”, salienta.

Buracos nas ruas

Durante sua fala, o vereador Justavo Barroso e Silva (PODE) ainda destacou a quantidade de buracos encontrados pelas ruas da cidade. Segundo ele, as lajotas ficam empilhadas nas calçadas, impedindo a passagem de pedestres. “O morador não pode utilizar a sua calçada porque ela está cheia de paver“, reforça.

O mesmo assunto foi abordado pelo vereador Osmar Vicentini Filho, que reclamou do tempo que os buracos de consertos de tubulação ficam abertos. “Teve reclamações de moradores porque tiraram as lajotas e colocaram em cima da calçada. Eu peço que deem uma atenção para isso porque é chato e tem bastante fluxo de carros, e atrapalha bastante”, comenta.

Mão de obra escassa

Outro tema levantado na tribuna foi a grande quantidade de ofertas de emprego e a falta de mão de obra na cidade para preencher estas vagas. Para o vereador Anderson Luiz Cavichioli (PP), falta mão de obra não só qualificada, mas também de uma forma geral. “Ouso dizer que hoje a gente tem uma falta de mão de obra generalizada, seja ela qualificada ou não, nos mais diversos setores”, comenta.

Ele conta que vem tendo conversas com a prefeitura, para sanar o problema por meio de cursos profissionalizantes gratuitos, em parceria do município com instituições de ensino. “Falando mais especificamente do setor têxtil, que é o forte da nossa economia, conversando com várias empresas a gente percebe que quase todas elas estão contratando e tem muita dificuldade em preencher suas vagas. E pensando nisso, a gente vem solicitando algo que surgiu dentro do núcleo de empresários, para que a prefeitura possa auxiliar no oferecimento de cursos de capacitação gratuitos à população. Conseguimos avançar nessas conversas e agradeço o prefeito por ter entendido essa necessidade”, salienta.

“É uma pequena ação, não vai resolver totalmente o problema, mas é um ponto de partida para que a gente possa talvez ter um programa que continue nos próximos anos para capacitar trabalhadores”, conclui Cavichioli.

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