Divulgação

A tradição do Pelznickel fez parte da programação da Olimpíada do Saber, cuja terceira etapa foi realizada nesta semana na cidade de Serra Negra (SP). O evento contou com a participação de estudantes do Ensino Médio de Guabiruba e Brusque, que representaram a Escola S.

De acordo com o orientador pedagógico da escola, Roger Luiz Mota, a Olimpíada é uma competição científica dividida em três fases. “As duas primeiras com provas teóricas realizadas na escola pelos alunos. Os melhores resultados são convidados para a terceira fase, que é presencial, realizada sempre em um local diferente do país. Aqui tivemos provas que envolvem matemática, raciocínio lógico, ciências da natureza, robótica e desafios, como o desafio do barco, onde eles têm que criar um barco que consiga fazer o trajeto de uma piscina, ida e volta, de forma autônoma. E além de todas essas provas, eles precisam fazer uma apresentação cultural que represente a nossa cidade ou a região de onde viemos”, explica.

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E foi para a apresentação cultural, que os estudantes prepararam um vídeo detalhando a tradição do Pelznickel, que foi apresentado pela aluna Valentina Siegel Kohler. “Na escolha dos temas para os vídeos buscamos conhecer um pouco mais a região do nosso Vale. Separamos algumas cidades e escolhemos os principais eventos. Falamos da Fenajeep, de Brusque, do Beto Carrero de Penha, da Oktoberfest de Blumenau e de Guabiruba, escolhemos o Pelznickel”, conta a aluna Yasmin Fischer.

 

Segundo ela, a reação dos estudantes foi de surpresa ao assistir o vídeo. “Eles ficaram bastante interessados e querendo saber mais sobre essa cultura. O vídeo foi apresentado para todos os participantes da Olimpíada Brasileira do Saber”, completa.

O vídeo

A parte de Guabiruba no vídeo detalhou a história do Pelznickel na cidade e contou também sobre a atuação da Sociedade do Pelznickel, para manter viva a tradição. Com duração de dois minutos e 15 segundos, o audiovisual explica que o Pelznickel é o Papai Noel do Mato, o ajudante de São Nicolau e no entardecer dos dias 6 e 24 de dezembro sai da mata onde reside e invade a cidade de Guabiruba.

“Coberto de folhas e barba de velho e utilizando também chifres e máscaras assustadoras, ele carrega consigo chicotes e correntes com intuito de fazer muito barulho. O intuito mesmo é retribuir as crianças que foram boazinhas com alguns presentes e cobrar obediência daquelas que não obedeceram tanto e foram malcriadas durante o ano. A tradição encanta e traz muitos visitantes à cidade, que buscam conhecer um pouquinho mais da história dessa cultura um tanto peculiar”, narra a apresentadora Valentina.

“A Sociedade do Pelznickel foi fundada em 2005, com o intuito de preservar uma cultura trazida pelos nossos imigrantes alemães, Ao longo de todo o ano, a equipe – que conta com mais de 100 integrantes – realiza diversas reuniões para estabelecer e preparar cada vez mais esse evento para toda a população guabirubense e para todos os turistas que visitam a cidade nesse período do Natal. A equipe da Sociedade do Pelznickel realiza a Casa do Pelznickel, no segundo e terceiro final de semana de dezembro e também os tradicionais desfiles de 6 de dezembro, de São Nicolau e 24 de dezembro, véspera de Natal”, continua ela.

O vídeo ainda detalha mais sobre a Casa do Pelznickel, que conta com o São Nicolau, com o Presépio e com a Christkindl. “E depois dessa passagem, os visitantes entram em uma casa onde é possível ver a mesa de jantar, a sala e o quarto do Pelznickel e dali já é possível escutar o que está por vir, os barulhos do Pelznickel. Seguindo então a uma trilha um pouco assustadora, onde está o tão esperado Pelznickel, que espera as crianças para cobrar obediência e ver se elas realmente foram obedientes e obtiveram boas notas na escola”, finaliza.

Após a apresentação, os estudantes entrevistaram representantes de outras escolas do país, para saber o que eles acharam da tradição. “O vídeo estava muito bom. Adorei a edição, principalmente a parte do Pelznickel. Eu queria ter a experiência, porque é uma coisa muito diferente, Nunca tinha visto uma cultura desta forma, além de incentivar as crianças a serem boazinhas e tirar boas notas. Acho que descontrai toda a família”, afirma Diogo, do Mato Grosso do Sul. A colega Isabela, completa: “Minha família é mais de 70% alemã e eu não sabia da existência dessa lenda ou mito, não sei. Eles são muito organizados na cidade, achei muito legal”.

Repercussão e resultado

Para o presidente da Sociedade do Pelznickel, Fabiano Siegel, a escolha do Pelznickel para ser um dos temas apresentados demonstra que a tradição cativa todas as idades e vai continuar viva nas próximas gerações. “Nós agradecemos e parabenizamos todos os alunos da Escola S, que pesquisaram e apresentaram a nossa tradição para outros estudantes do país. Muito obrigado”, frisa.

Este foi o terceiro ano que a escola participou da Olimpíada e também fizeram parte do grupo, os alunos Camilli Eduarda Beuting, Rodrigo Beuting Júnior e Henrique Dorow. “Finalizamos a competição com dois prêmios: 2º lugar diário de Robô e 3º lugar diário de barco”, comemora o Orientador Pedagógico, Roger Luiz Mota

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