Foto: Vanessa Fagundes

 

Definitivamente, a união faz a força e Levino Boos, de 62 anos, pode provar. Nascido e criado no bairro Aymoré, o guabirubense de meia estatura e cabelos grisalhos, sempre se doou para ajudar o próximo.

Tudo começou há 40 anos, quando o jovem estava na capela da entrada do bairro, em um domingo, em uma despretensiosa conversa com mais três amigos e decidiu fundar o Cruzeiro Esporte Clube.

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Foi então que os jovens sonhadores se debruçaram para tirar a ideia do papel, foram em busca de patrocinadores e realizaram o sonho de fundar o clube em 1984. Lá, Boos permaneceu na diretoria por quatro anos.

Porém, o que ele não imaginava era que esse era apenas o pontapé inicial na vida de voluntariado. Entusiasta de causas sociais,  também ajudou a fundar a Associação de Moradores do bairro Aymoré, em 1997. Juntamente com o presidente da entidade, Valmor Oliota, o guabirubense fez a alegria da comunidade em uma grande e linda festa de Dia das Crianças, em que um helicóptero foi levado pela primeira vez ao bairro. 

Com todo envolvimento na comunidade, o guabirubense decidiu então fazer parte da Associação de Pais e Professores (APP) da Escola Municipal Edeltrudes Wippel Heil. Era 2001 quando ele iniciou como voluntário, e com o passar do tempo acabou assumindo a tesouraria e, em seguida, a presidência. Sempre, junto de sua esposa. 

“Hoje a escola tem muita ajuda do governo municipal, mas antigamente ela se mantinha basicamente do serviço voluntário. Então, quando precisava de uma reforma ou arrumar algo estragado, nós pedíamos patrocínio para poder comprar os materiais. Organizávamos para que a comunidade pudesse ir lá ajudar aos sábados e domingos.”

Com longas batalhas e desafios vencidos à frente da escola, Boos relembra de um momento marcante na presidência da APP, em que o número de alunos crescia e era necessário aumentar o espaço para fazer novas salas. Em conversa com Valdir Riffel, dono das terras que havia doado o terreno onde já estava localizada a escola e ainda tinha terras no espaço que era preciso ampliar, o morador do bairro Aymoré conseguiu comprar, com um valor reduzido à época, uma parte para novas construções. “Eu nunca vou me esquecer desse momento e dessa conquista”, relembra orgulhoso.

Com um sorriso imenso no rosto e olhos marejados, Boos conta com orgulho que suas três netas estudam na escola que ele tanto ajudou a crescer. “É um orgulho poder dizer que elas estudam ali hoje, porque eu faço parte dessa história. Ajudei a construir. Ao todo foram 16 anos de muita dedicação e esforço!”. 

 

 

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