Foto: Arquivo Pessoal

Dos primeiros passos tímidos, as caminhadas mais largas e saltos mais longos, o objetivo de todo corredor de rua é, quem sabe um dia, ter a oportunidade de participar da famosa (e charmosa) Corrida Internacional de São Silvestre. A prova quase centenária, realizada há 95 anos em São Paulo, atrai pessoas de diversas partes do mundo e, não à toa, é a principal da América Latina.

Em meio a atletas amadores e profissionais, que buscam robustos prêmios para a primeira colocação, para a grande maioria o mais importante é a realização de um sonho de estar em um dos palcos mais marcantes da modalidade.

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Correr (e viver) a São Silvestre não é o auge, mas para muitos o sentimento é como se fosse. Que o diga os moradores de Guabiruba Lucas Amaro da Silva e Giseli Carla do Rosário. Talvez, há pouco mais de dois anos, eles sequer imaginassem que um dia pudessem estar em meio à multidão que, até então, só podia ser vista todos os anos, em 31 de dezembro, de forma distante, ainda na TV.

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Mas na última virada de ano, ambos tiveram essa experiência e resumem o momento marcante. “Especial, indescritível, emocionante”, são as palavras mais faladas pela dupla de Guabiruba que marcou presença em território paulista.

De comum, Silva e Giseli fazem parte da Assessoria RDIAS, que ainda levou outras dezenas de atletas para a renomada prova no coração da capital paulistana.

O primeiro é microempresário, tem 36 anos e é responsável por um restaurante no Centro da Cidade. Já ela tem 43 anos, é publicitária e vive atualmente no bairro Guabiruba Sul. Os dois iniciaram a corrida há cerca de dois anos.

O começo de Silva foi um pouco mais traumático. Dores abdominais constantes e o falecimento de uma irmã por câncer ligaram o alerta de que era preciso se cuidar. Hoje se vê com muito mais disposição e agilidade e conta como a corrida transformou sua vida para melhor. “A corrida me fez superar limites e reconhecer o poder da união”, afirma. “Eu tentei várias vezes treinar sozinho, mas nunca dava continuidade. Quando entrei na assessoria correr se tornou algo mais prazeroso. Comecei a correr com mais vontade e disciplina porque havia alguém treinando”, revela.

Hoje, com o peso de uma São Silvestre nas costas e, sobretudo, na sola dos pés, ele diz que a união e empatia é algo que reforça o espírito do desafio. “É uma experiência inesquecível, começando pela preparação da viagem que não seria possível sem a colaboração de várias pessoas empenhadas em fazer arte de camisetas, pesquisar e reservar passagens e hotéis para que fosse possível estarmos juntos (e estivemos), em cada momento, em cada alegria, e em cada superação”, comemora, ao lembrar ser apenas um em meio a 35 mil pessoas com várias histórias de desafios e superações.

“Foi uma grande alegria por estarmos em meio a participantes e expectadores de muitos lugares do mundo, trazendo suas histórias de superações, promessas cumpridas e felicidade por estarem unidos para alcançarem um único objetivo, a chegada, seja ela com qualquer tempo e em qualquer posição”, ressalta Silva, que já projeta o próximo desafio: correr uma meia-maratona de 21 quilômetros.

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Para Gisele, esse também é o próximo passo, após os 15 encarados na São Silvestre. Ela também começou a correr há dois anos, motivada por um convite para fazer uma aula experimental na assessoria RDIAS. A partir disso descobriu a paixão pela corrida. Participar da São Silvestre foi um sonho realizado. “Uma experiência inesquecível. Participar de um evento desses é realmente indescritível, ansiedade, nervosismo…”, conta. “Fomos em um grupo de amigos, fizemos camisetas personalizadas, não sabíamos se todos do nosso grupo iriam conseguir cumprir a prova. Estar em meio de 35 mil participantes é muita emoção, alegria e felicidade”, completa ela, ao enaltecer a gratidão pela oportunidade. “Realmente é um momento marcante de superação. Sentir o companheirismo, a emoção e energia que nos é passada, não só do nosso grupo, mas de todos que correm e assistem. É de arrepiar”, recorda.

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