Fotos: Guédria Motta /ICC

 

A Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região (AmpeBr), em parceria com a prefeitura de Brusque, promoveu na noite desta quarta-feira (25), a solenidade de formatura de mais uma edição da Escola de Costura. A entrega de certificados ocorreu no auditório do Instituto Federal Catarinense (IFC) e reuniu mais de 70 concluintes.
“É uma satisfação para a nossa entidade manter essa parceria sólida com a prefeitura de Brusque, por meio da Escola de Costura, que já formou mais de 800 profissionais. Nosso propósito é fazer com que mais pessoas vivam da dignidade do trabalho, que alcancem a independência financeira, o acesso aos benefícios e a qualidade de vida”, descreve o presidente da Ampe Brusque, Mauro Schoening.

Segundo ele, mais de 80% dos alunos formados pela Escola de Costura estão inseridos no mercado de trabalho. “É um divisor de águas para quem se compromete com essa profissão. A demanda por mão de obra qualificada existe em Brusque e segue aumentando”, garante Mauro que, em seu discurso, se emocionou com histórias de mudança de vida a partir do projeto.

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O prefeito de Brusque, André Vechi, enalteceu a dedicação dos estudantes. “São três meses de curso para o recebimento desse certificado, que vai abrir portas no mercado de trabalho. Nossa cidade tem vagas em aberto, mas pouca mão de obra qualificada em diversas áreas, sobretudo no mercado têxtil. É importante fomentar e fortalecer essa cadeia econômica, que leva o nome de Brusque para diversos estados brasileiros”, afirma.
A coordenadora da Escola de Costura, Maria Isabel Daroceski, não escondeu o orgulho que sente pelos profissionais formados. “Peço que os empresários que abram as portas e ofereçam oportunidades. É um curso de iniciantes, muitos ainda não têm experiência, mas já são capazes de montar uma peça”, ressalta.

De acordo com Isabel, uma nova turma já está formada e inicia o aprendizado em novembro. “Acolhemos novos moradores de Brusque, que chegam ao município sem profissão. Na Escola de Costura eles aprendem gratuitamente e ficam à disposição de um mercado que tem necessidade de profissionais capacitados”, enfatiza.

Mudança de vida

Elisabete Tanholi, 42 anos, recebeu o seu certificado de conclusão da Escola de Costura. Ela trabalhava como vendedora mas está à procura de uma nova profissão depois de superar um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Foi por indicação de uma amiga que conheci o curso, no qual me matriculei. A professora foi maravilhosa e fiz amigos que levarei para a vida. Aprendi muito para quem não sabia nem colocar a linha na agulha”, diz.

A formada estava orgulhosa e cheia de expectativas para essa nova fase da vida. “Minha filha está usando a peça que costurei e isso é gratificante. Achei que não sabia fazer mais nada na vida e me redescobri na costura. Já comprei três máquinas e, na próxima semana, início o trabalho em casa, na área da confecção infantil”, conta.

Diane Steimbach, 40, é natural de Blumenau, mas há 18 anos mora em Brusque, onde trabalha como operadora de caixa. Para ela, mudar de profissão é a realização de um sonho. “Sempre quis costurar e até faço serviço extra em casa. Minha intenção é abrir uma facção ou trabalhar na indústria mesmo”, planeja.

Para a carioca Aline Machado, 40, que há dois anos mora em Brusque, um caminho de prosperidade está iniciando. “Sou versátil, mil e uma utilidades e buscava outra profissão para agregar no currículo. Espero alavancar na costura e agora sonho com a faculdade de Moda”, revela.

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