Quem olha de fora até acha que Brusque virou cenário de novela mexicana, ou filme ambiental. Mas não se engane: essa história da nova UBS no Loteamento Schaefer tem muito menos a ver com árvores e muito mais com vaidade política.

Vamos aos fatos. A cidade precisa de uma nova Unidade Básica de Saúde. Isso é ponto pacífico. E o local escolhido, já autorizado pelo Ministério Público, é adequado e atende uma demanda real da população. O bairro precisa de um local mais adequado e o aluguel do imóvel da atual UBS é bastante alto. Só que, como tudo que envolve serviço público em ano pós-eleição, veio o rebuliço.

De repente, alguns personagens políticos viram guardiões da natureza. Gente que teve cargo alto na prefeitura, agora virou opositor feroz do projeto. Coincidência? Claro que não.

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A tentativa de barrar a obra virou palanque para quem perdeu a eleição e não engoliu o resultado. Criou-se um teatro de “defesa do meio ambiente” que, no fundo, é só cortina de fumaça pra tentar desgastar a atual gestão. E enquanto isso, quem perde é a população, que continua sem acesso digno à saúde no Centro.

E como se não bastasse, até agressão em reunião do COMUSA teve. A baixaria tá servida. Em vez de diálogo, gritaria. Em vez de construção (literal e figurada), destruição política.

Claro que, se fosse viável, existem bairros que também precisam de UBS e sequer têm. Adequado ou não, o centro já possui uma UBS, além do atendimento eletivo na policlínica. Mas sabemos que, por uma série de fatores, não é. Então, por que tentar barrar?

A verdade é simples: quando a saúde vira moeda de troca em disputa de poder, quem sofre é o povo. E Brusque não merece isso. A UBS precisa sair do papel, e os velhos caciques precisam aceitar que eleição se ganha nas urnas, não no grito.

Se a obra não sair, o que vai acontecer? A cidade perde recursos federais essenciais, a população continua sem a UBS que tanto precisa e a oposição vai seguir ganhando palco com discurso vazio. Ao mesmo tempo, o bairro da mansão do ex-prefeito vai continuar com sua tranquilidade intacta, enquanto o resto da cidade paga o preço. E esse fator também precisa ser considerado: tem gente que não quer ver seu “sossego” atrapalhado pelo movimento de uma UBS. Olha, não sou de fomentar luta de classes, pelo contrário, mas que tem um “nós contra eles” nisso, tem.

Falando em saúde, enquanto a politicagem emperra em Brusque, Guabiruba dá um passo importante. O prefeito Valmir Zirke inaugurou recentemente uma nova policlínica no bairro Imigrantes e ainda está trabalhando para estender o horário de atendimento no hospital da cidade, o que vai aliviar a pressão nos hospitais de Brusque, por exemplo. Parabéns, prefeito, dando prioridade ao que realmente é prioridade; quem sai ganhando é o guabirubense.

A UBS do centro de Brusque precisa sair do papel, sem mais entraves. Até porque, pelo visto, a fila para tratar “dor de cotovelo” por ali será grande.

 

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