Na tarde desta terça-feira, 26, a guabirubense Larissa Ignês Boos apresentou, no Salão Nobre da Prefeitura, o resultado de sua pesquisa sobre os acidentes de trânsito em Guabiruba. A moradora do bairro Aymoré agora é formada em Engenharia Civil e realizou uma pesquisa como trabalho pela bolsa de estudos que conseguiu na Unifebe, enquanto ainda estudava.

Orientada pelo professor Anderson Buss e pela arquiteta da prefeitura Débora Barroero, juntamente com a colaboração do secretário de Planejamento Jethro Silvestre e da arquiteta Aline Razera, Larissa reuniu dados de trânsito de 2019 junto à Polícia Militar, ao Corpo de Bombeiros e à Prefeitura de Guabiruba.

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Levantamentos

Alguns dos levantamentos da pesquisa indicam que Guabiruba possui aproximadamente 520 vias e 237 km de extensão. Em 2019, conforme dados do Corpo de Bombeiros, as ruas com mais acidentes de trânsito foram a rua Guabiruba Sul, com 31 acidentes no total, a rua Imigrantes com 19 e a rua 10 de Junho com 17. Já, de acordo com a Polícia Militar, a rua Guabiruba Sul possui 32 casos, a rua Imigrantes 26 e a rua Brusque 22. A diferença pode ser justificada de acordo com o acionamento das entidades para o acidente, uma vez que o Corpo de Bombeiros é acionado apenas quando há vítimas no local do acidente, enquanto a PM é acionada quando há danos materiais.

Conforme o Corpo de Bombeiros, 66 das ocorrências foram quedas de moto, 52 foram colisão de moto e carro, 24 foram quedas de bicicleta, 10 foram colisão de moto com moto, 10 foram colisão de carro com carro e 10 foram capotamento de carro. A pesquisa relata que “88% das ocorrências envolveram veículos motorizados, destes, 66% envolveram motociclistas (O DETRAN/SC relatou que a frota de motocicletas do município resulta em 26,34%, sendo superado apenas pelos automóveis)”

Notou-se também uma frequência maior de acidentes na terça, na quarta, na sexta-feira e no sábado, e também nos meses de abril, maio, junho, novembro e dezembro. Foi observado que houve uma queda de 11,33% dos acidentes no ano de 2019 em relação à média dos últimos 11 anos.

Como considerações finais, Larissa afirma que sua pesquisa tem como intuito contribuir como material didático para o estudo de tomada de decisões futuras relacionadas à melhoria do meio urbano, bem como à mobilidade da cidade. Também espera que seus dados levantados “possam servir como base histórica de informações relacionadas às ocorrências de trânsito da cidade, permitindo a utilização destas informações em ações voltadas à educação no trânsito, alertando toda a comunidade sobre os principais problemas vinculados ao trânsito e mobilidade em Guabiruba.”

O professor orientador Anderson Buss destaca a importância da parceria. “É fundamental essa integração entre a universidade e outros órgãos da cidade e da nossa região. A produção de dados científicos tem mais relevância quando aplicados diretamente na vida das pessoas, trazendo melhorias na qualidade de vida e benefícios para a comunidade.”

A arquiteta da prefeitura Débora Barroero agradece a iniciativa e ressalta a importância da pesquisa. “Pesquisas como essas são de muito importância para o Poder Público, principalmente para guiar a tomada de decisões quanto às intervenções necessárias para a redução do número de acidentes e, principalmente, para avaliar se elas foram assertivas ou não.”

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