Um suposto caso de furto mobilizou a Polícia Militar no domingo, 13 de outubro, na rua Evaldo Debatin, Centro de Guabiruba. As informações iniciais davam conta que a vítima, um homem de 61 anos de idade, chegou em seu estabelecimento e encontrou um veículo Ford Fiesta estacionado na entrada do prédio, deparando-se com o suposto autor do furto, de 37 anos, deixando o local.

A vítima e o autor entraram em vias de fato e em meio à confusão o autor embarcou no veículo da vítima, um VW Bora, de cor prata, placas de Rio dos Cedros, que estava estacionado atrás do automóvel do suspeito, fugindo em direção ao bairro São Pedro. A Polícia Militar foi acionada e mobilizou várias guarnições em apoio à ocorrência. A equipe da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) localizou o veículo em uma rua paralela à rua São Pedro, em Brusque.

O veículo foi abordado e o suspeito recebeu voz de prisão. A vítima relatou que tinham sido furtados R$ 4 mil que estava em um cofre no estabelecimento e outros R$ 4 mil que estava dentro do veículo. No entanto, após a abordagem do suposto autor o dinheiro não foi localizado. Os dois veículos foram apreendidos e o homem de 37 anos conduzido para a delegacia de Polícia Civil de Brusque.

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Versão suspeita

Na delegacia de Polícia o caso passou a ter outra conotação. Coincidentemente o escrivão que estava no plantão, Pedro dos Santos, é o responsável pela delegacia de Polícia de Guabiruba. Em conjunto com o delegado plantonista, as partes foram ouvidas e a história ganhou novos ingredientes, chegando a deixar dúvidas quanto ao fato ocorrido. “O autor informou que tinha as chaves do local onde residiu e lá foi cobrar uma dívida quando foi recebido com agressões pela suposta vítima”.

Quanto ao fato de o suposto autor ter empreendido fuga com o carro da vítima, o escrivão policial explicou que o argumento foi de que o Ford Fiesta foi bloqueado pelo automóvel do proprietário do estabelecimento e para fugir das agressões saiu do local com o VW Bora, mas nega que tenha praticado qualquer furto. Pesou ainda para a decisão de não autuar o suposto autor em flagrante as informações desencontradas da vítima sobre o cofre, que em um momento disse que estava aberto e em outro afirmou que estava trancado.

O inquérito policial foi aberto e a Polícia Civil pede “cautela” em relação a este caso. Inclusive, um outro boletim de ocorrência foi registrado para apurar as declarações caluniosas da suposta vítima contra o autor. Segundo o escrivão Pedro dos Santos, não é possível tirar qualquer conclusão neste momento e que o caso “é complexo”.

Ele não tem prazo para encerrar o inquérito, mas assegura que dará prioridade ao caso pela repercussão que teve.

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