Sabe quando você está esperando seu voo e de repente a tripulação começa a chegar? Aqueles pilotos com seus uniformes maravilhosos, as aeromoças com suas posturas e saltos invejáveis, cada um com suas malas de rodinhas e os passos que parecem compassados. Vai dizer que não dá vontade de ser um deles? Ah, minha gente! Fico maravilhada, mas confesso que a vontade de ser um deles logo passa quando lembro que tenho um “medinho” de ficar nas alturas (risos). Mas quando eles passam, não têm como não serem notados, são as celebridades dos aeroportos.

Todo esse glamour exige preparo e dedicação. E hoje vamos contar um pouco da essência de Cassiana Censato, guabirubense, aeromoça, nascida em junho de 1988, que quando criança sonhava em ser astronauta e hoje vive conhecendo o céu e a terra.

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Cassiana sempre gostou de estudar, fez vários cursos extracurriculares. Iniciou inglês e alemão ainda jovem, pois sabia da importância de dedicar-se ao que precisava fazer e isso permitiu que conhecesse pessoas maravilhosas que pudessem inspirá-la e guiá-la no caminho do conhecimento.

Seu primeiro emprego foi aos 16 anos na empresa Wicetex, em Guabiruba, permanecendo ali até o término da graduação em Letras, com ênfase em espanhol. Relata que no último semestre da faculdade um amigo de turma comentou que havia se inscrito para ser comissário de bordo. Assim, logo se interessou e resolveu pesquisar sobre a profissão e como se tornar uma. Desejava ser comissária no Brasil para conhecer esse país gigantesco. 

Então, antes mesmo da colação de grau, mudou-se para Florianópolis para frequentar o curso de comissário de avião, na época só existia na capital. Feito o curso, realizou a prova da ANAC e recebeu sua licença. Logo foi contratada pela TAM, empresa que voou por cinco anos e que lhe permitiu conhecer todas as capitais do Brasil e quase todas da América do Sul. Na sequência, foi contratada por uma companhia localizada em Dubai, onde reside e trabalha até hoje. 

De acordo com ela, ser aeromoça é viver em privação de sono. “Muitas vezes a exaustão toma conta. É uma vida flexível, às vezes voamos por dias e voltamos para casa apenas para dormir. A mudança é constante: de lugares, equipe de tripulantes e passageiros, porém, ao mesmo tempo, essa é a parte empolgante da profissão. Vivemos numa adrenalina”, destaca. 

Cassiana relata ser uma pessoa muito positiva e humilde, que procura ser acessível, aberta para ajudar e incentivar as pessoas que a procuram. “Trato as pessoas com respeito e semelhança e adoro voltar para Guabiruba e rever meus amigos. Sou simples e onde estou não mudou meu jeito”, ressalta.

A guabirubense acredita que precisamos estar em constante aprendizado, pois não conseguimos nos conectar com as pessoas estando vazios. “É preciso agregar, estudar e nos preparar. Não importa para qual profissão seja. A dedicação deve existir tanto para estudar e trabalhar, como viajar”, avalia.  

Cassiana fala inglês e espanhol. Estuda alemão e entende italiano. Já estudou árabe por três anos, mas alega que ainda tem dificuldade nessa língua. “Sou muito grata pela vida que tenho, mas ainda exige muita dedicação, não paro de estudar nunca, a todo momento estou estudando”. 

Muitos podem alegar que foi sorte, mas sorte mesmo minha gente, é a junção de preparado com oportunidade. Que ela possa continuar voando alto!



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