A pergunta é: O que são relacionamentos abusivos? Engana-se quem pensa que é simplesmente a violência física. Em muitos casos, a violência tem outras formas de manifestações, como a violência psicológica, sexual e financeira. Elas se manifestam de forma muito mais sutil que a agressão física, e por isso são mais difíceis de serem percebidas, podendo acontecer em qualquer tipo de relação (amorosa, familiar, profissional e até mesmo entre amigos).

Como perceber que você está vivendo um relacionamento abusivo? Sentir-se ameaçado(a), monitorado(a), inferiorizado(a)submisso(a) indica que algo não está bem.

Nas relações amorosas, o ciúme excessivo é sinal de um relacionamento não saudável, doente. Um exemplo típico de ciúmes exagerado é a necessidade de fiscalizar o outro. É diferente sentir saudade e fiscalizar. Quem ama cuida, se preocupa, não priva seu parceiro ou parceira da sua liberdade individual.

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Acredito que todo e qualquer relacionamento deva ser baseado em confiança mútua, amizade, parceria e companheirismo. Se você é obrigado(a) a dar satisfação de tudo que faz, você pode estar vivendo em um relacionamento abusivo.

Cuidado! É aí que mora o perigo.

Reconhecer uma pessoa abusiva, muitas vezes pode não ser uma tarefa tão simples assim. Mas há sinais que indicam uma relação abusiva, como:

– Seu parceiro(a) vive fiscalizando seu Whatsaap, ligações e redes sociais;

– Fica perguntando constantemente com quem você estava ou até mesmo desconfiando do local;

– Te constrange publicamente, faz você passar vergonha ou te ridiculariza;

– Diminui a sua autoestima, você está sempre errado(a), te afasta de amigos e familiares;

– Controla sua roupa, seu cabelo, s eu modo de falar, seu jeito de ser;

– O ciúme está presente o tempo todo, muitas vezes sem qualquer motivo;

– Te coage sexualmente a fazer coisas que você não tem vontade ou não está preparado(a);

– Monopoliza a relação;

– Te agride fisicamente achando que é normal;

– Faz com que você fique com medo;

– Controla seu dinheiro ou até mesmo seus gastos;

Sim, você está vivendo um relacionamento abusivo.

E que precisamos saber? Pensar se realmente vale a pena manter essa relação, estabelecer limites, regras, instituir relações de respeito e comportamento. Procurar ajuda de familiares, amigos ou até mesmo de um profissional. Buscar o autoconhecimento. Descobrir seus limites e respeitá-los. Saber o que quer, o que te faz bem e quem te faz bem.

Você não pode mudar os outros, mas pode mudar a si mesmo. E, como diz Fernando Teixeira de Andrade, “há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já não tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, a margem de nós mesmos”.

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